06 de Junho de 2011

A inovação nas tecnologias solares irá levar à descida do custo da energia solar, que deverá situar-se em níveis abaixo dos combustíveis fósseis e reactores nucleares. De acordo com o director global de pesquisa da General Electric (GE), Mark Little, esta situação será já uma realidade dentro de cinco anos.

Numa entrevista à Bloomberg, Little previu que o custo da energia solar irá descer para os 10 cêntimos (R$ 0,23; 13,6 kwanzas) por kilowatt/hora, ou até menos. “Vamos ver muitas pessoas a querer ter o solar em casa”, explicou.

Little disse que a GE vai abrir uma fábrica de produção de painéis solares de filmes finos em 2013, aumentando a sua presença num mercado onde os fabricantes estão a baixar os preços através do aumento de produção de volumes.

A fábrica empregará 400 pessoas e produzirá um número suficiente de painéis solares para electrificar 80 mil casas.

O preço das células solares, o principal componente dos painéis tradicionais, caiu 21% este ano, o que também ajuda a reforçar o optimismo de Little.

Por outro lado, também a inovação tecnológica está a tornar a energia solar cada vez mais barata. Recentemente, cientistas da Swiss Federal Laboratories for Materials Science and Technology descobriram células solares flexíveis com uma eficiência de18,7%, alcançando um novo recorde na capacidade dos painéis solares converterem luz em electricidade.

Ainda assim, é difícil quantificar até que ponto a energia solar será mais barata que os combustíveis fósseis, sobretudo por causa da volatilidade dos preços destes últimos.

fonte:http://www.greensavers.pt

publicado por adm às 22:53

07 de Abril de 2011

 

Com seis horas de exposição solar será possível, num futuro próximo, carregar telemóveis, e mesmo computadores, utilizando um “protector de ecrã” especial. O dispositivo chama-se WYSIPS e estará no mercado, segundo informações da companhia francesa com o mesmo nome, em 2012.

O que gera energia é a superfície fotovoltaica. A tecnologia consiste em alternar na película faixas de células solares com uma superfície lenticular, um sistema semelhante aos ecrãs 3D em que não são necessários óculos, ou seja, as imagens holográficas.

WYSIPS são as iniciais de What you see is photovoltaic surface, ou seja, o que se vê é uma superfície fotovoltaica. Na verdade, esta superfície tem a vantagem de ser invisível.

Segundo a companhia, esta é mesmo a primeira película fotovoltaica transparente. Desta forma, o material actua na absorção de energia sem cobrir o objecto que envolve.

A publicação online especializada em tecnologia – Engadget – testou o dispositivo e confirma que funciona. Na experiência, foram gerados, aproximadamente, entre 1,2 e 2,5 volts.

Joël Gilbert desenvolve tecnologia desde 2004

O inventor da WYSIPS, tecnologia que está a ser desenvolvida desde 2004, é Joël Gilbert, um astrofísico especializado na área da energia solar. O investigador inspirou-se no processo holográfico utilizado, por exemplo, em capas de livros. A ideia foi simples: substituir uma das imagens por faixas fotovoltaicas.

O WYSIPS pode ser integrado tanto em ecrãs como em vidro, plástico ou mesmo velas, tornando o material fonte energia fotovoltaica. Telemóveis, computadores, roupas, livros, carros e mesmo casas poderão assim, estar constantemente a produzir energia.
fonte:http://www.cienciahoje.pt

 

publicado por adm às 22:29

08 de Março de 2011

A energia solar fotovoltaica quebrou recordes na Europa em 2010. Segundo a Associação Europeia da Industria Fotovoltaica (EPIA, na sigla em inglês), foram construídas ao longo do ano plantas quem somam 13.000MW em potência instalada. O número representa uma expansão de 86% e faz o continente chegar aos 28.000MW em usinas da fonte – o suficiente para abastecer o consumo médio de 10 milhões de residencias europeias.

O presidente da EPIA, Ingmar Wilhelm, afirma que o crescimento fotovoltaico foi “impressionante”. O ritmo com que as novas usinas foram construídas superou a energia eólica, que vinha dominando o mercado de fontes renováveis. Em 2010, a potência eólica na Europa cresceu 12%.

“A fotovoltaica se converteu em uma tecnologia estável que está contribuindo para a progressiva descarbonização da matriz energética e que deve ser explorada pelos países da União Europeia para alcançar os objetivos de 2020 (ter 20% da energia gerada por fontes renováveis)”, analisa Wilheim.

O executivo afirma que os números são resultado da diminuição dos custos de implantação, das novas tecnologias, do interesse dos investidores e do apoio político. Ele também destaca que mais de 70% das novas instalações foram bancadas por pequenas e médias empresas, o que mostraria a aceitação social da fonte.

O ano de 2010 foi também o segundo consecutivo em que a Alemanha foi líder mundial no mercado de instalações solares fotovoltaicas. O país somou 6.500MW em novas usinas aos 9.800MW que já possuía instalados. Em seguida, aparecem Espanha, Itália e República Tcheca.

Para 2011, porém, as previsões da EPIA para o mercado não são muito otimistas. As novas regras para incentivo à fonte na Alemanha devem reduzir o montante de novos parques no país dos atuais 6,5GW para 1GW ou 2GW. A Itália, por seu lado, apresenta potencial para crescer entre 4GW e 6GW – uma forte expansão, mas que ainda não cobriria a desaceleração alemã. Com isso, a EPIA afirma que “a demanda pode estagnar na Europa durante a primeira metade de 2011″.

O movimento poderia levar ao acúmulo de estoques, o que causaria queda de preços. Com isso, a entidade aposta que pode haver uma retomada dos investimentos no segundo trimestre, o que faria a Europa a alcançar níveis iguais ou pouco maiores do que o crescimento registrado no ano passado.

fonte:http://www.solenerg.com.br/

publicado por adm às 22:57

24 de Fevereiro de 2011

É no norte do Egito, numa região semidesértica, num ambiente árido e inóspito, poucos quilómetros a norte do Cairo, que encontramos 60 hectares de laranjais e uma plantação de feijões e ervilhas, entre outros.

Mas o problema é a falta de água. “Cada planta precisa de uma certa quantidade de água, dependendo da estação do ano. Por exemplo, as ervilhas precisam de imensa água. Tenho de regá-las durante, pelo menos, cinco horas por dia. As laranjeiras e as videiras precisam de menos água – sobretudo no inverno. Seja como for, nunca consumo menos de 4000 metros cúbicos de água por dia”, lamenta Tantawi Mostafa, um agricultor local.

Até aqui, Tantawi tem usado motores a gasóleo para bombar a água do solo, a cerca de 40 metros de profundidade. Agora, os cientistas locais tentam convencê-lo de que há outras soluções – mais vantajosas, em vários aspetos.

“Os motores a gasóleo usam-se muito, no Egito, para bombar a água. Mas queremos mudar a situação”, explica Fuad Ahmed Abulfotuh. Este engenheiro do ministério egípcio dos Recursos Hídricos e da Irrigação continua: “Conhecemos bem os problemas inerentes aos motores a diesel. São muito barulhentos e muito poluentes. Emitem muitos gases tóxicos para a atmosfera. São dispendiosos, no uso e na manutenção. É preciso comprar o gasóleo, fazer inspeções técnicas, mudar o óleo do motor, substituir peças… Tudo isto representa um enorme custo final para os agricultores.”

Os cientistas buscam agora soluções para bombar a água do subsolo de uma maneira mais barata e mais ecológica. E o sol pode ser a solução.

Gabriel Sala, o coordenador do projeto NACIR, leva-nos a “uma estação fotovoltaica onde estão a testar o uso das energias renováveis para bombar a água, para a agricultura como para a distribuição.”

A estação fica longe de tudo, no meio do deserto. À primeira vista, vemos simples painéis fotovoltaicos. Mas, na prática, são de uma nova geração, desenvolvida na Alemanha graças a um projeto de investigação da União Europeia. “O nosso sistema – a energia solar de concentração – consiste em painéis de lentes, nos quais 200 lentes pequenas focalizam os raios solares sobre pequenas células solares. Células verdadeiramente minúsculas. A parte frontal serve apenas para focalizar a luz”, explica-nos Andreas Gombert, o engenheiro em ótica da Concentrix Solar/Solitec, a empresa alemã que desenvolve este sistema. E continua: “Na parte de trás, temos uns quadradinhos. Trata-se dos redutores de calor. São dispositivos que absorvem o calor. As células fotovoltaicas estão no interior destes quadradinhos e têm apenas dois milímetros de diâmetro.”

Os painéis acompanham o movimento solar, ao longo do dia, e são mais eficientes do que os painéis fotovoltaicos normais, como explica Gombert: “Os painéis normais têm células em toda a superfície. Nos solares de concentração, a luz do sol é concentrada em células muito pequenas – mas duas vezes mais eficazes do que as células fotovoltaicas clássicas”.

Em condições ideais, cada painel pode produzir cerca de 50 Kilowatts/hora. Uma produção e uma eficácia que variam, em função das condições meteorológicas, como nos explica Maria Martínez, uma engenheira espanhola, que participa no projeto: “Quanto maior for a radiação, quanto mais limpo estiver o céu, mais energia o sistema pode fornecer. A temperatura é um parâmetro que afeta de forma inversa: quanto maior a temperatura, pior a potência. Mas é um fator que influi pouco. O vento, realmente, num nível baixo é favorável, porque dissipa o calor, na parte de trás, e consegue refrigerar o sistema. Por isso, também ajuda a aumentar a potência que o sistema pode dar. Em valores mais altos pode ser problemático: pode perturbar o movimento e até obrigar o sistema a ficar em posição de segurança. Qualquer sujidade na parte frontal impede a captação correta da luz, o que diminui bastante a potência do sistema.”

É no interior deste pequeno edifício que a energia produzida é transformada e armazenada. Um sistema complexo, desenvolvido por engenheiros alemães do Fraunhofer Institute for Solar Energy Systems, como Alexander Schies: “Recebemos a corrente dos painéis. Ela chega aqui. E depois é injetada na rede de corrente alterna. Há três inversores que permitem estabelecer a corrente. E, caso não haja sol durante vários dias, podem fornecer energia aos painéis para que estes se movam. Na caixa ao lado, temos o controlo da corrente contínua, onde se efetuam as medidas, e onde a energia é transferida para a bateria. O reservatório das baterias é pequeno, mas suficiente para alimentar os captores durante dois dias, para que possam seguir o sol, se o tempo estiver nublado.”

A eletricidade assim produzida é usada para bombar a água, que se situa a cerca de 40 metros de profundidade, dessalinizá-la e irrigar os campos experimentais de trigo.

Para já, é experimental.

Mas um dia, espera Fuad Ahmed Abulfotuh, o engenheiro do ministério, será para todos: “Vamos convidar os agricultores e as pessoas da região a virem ver estes campos experimentais. Estes trigais vão ensinar-lhes mais do que mil discursos e conferências sobre as energias renováveis. As pessoas vão poder julgar por si próprias e aprender a tirar proveito da energia solar concentrada. Vamos ajudá-las a perceberem as vantagens. Quando tivermos todos os dados, vamos transformá-los em números. Assim, as pessoas vão saber quanto dinheiro precisam investir e qual o lucro que vão ter. Vão perceber, facilmente, que esta tecnologia pode ser muito útil no dia-a-dia.”

Os agricultores não serão os únicos beneficiados. Os cientistas defendem que este tipo de estações energéticas pode ser desenvolvido noutros locais, igualmente áridos e inóspitos, com grandes vantagens para todos. “Os sistemas de concentração só precisam de umas células especiais que se fabricam, em princípio, fora do Egito Mas o resto, são elementos muito convencionais. Usamos vidros, espelhos, metais, ferro… As estruturas e isso podem ser feitas localmente. Portanto, não são apenas os agricultores que vão beneficiar do sistema, é toda a sociedade, porque se resolve um problema de energia de forma local”, congratula-se o coordenador do projeto.

Os cientistas acreditam – e esperam – que este sistema em breve se torne uma realidade, não apenas no Egito, mas também noutros países em desenvolvimento, com pouca capacidade de produção energética… mas com muito sol para aproveitar.

 

fonte:http://pt.euronews.net/

publicado por adm às 22:51

16 de Fevereiro de 2011

A Enerweise - Soluções Energia está a apresentar propostas de energia fotovoltaica na Guiné-Bissau. Este mercado ainda está fortemente dominado por soluções energéticas à base de geradores à gasóleo.

Nuno Gonçalves, da Enerweise -- Soluções Energia, explicou à agencia Lusa, em Bissau, que a sua empresa pretende propor aos responsáveis guineenses esta solução «à base de energia limpa e amiga do ambiente», tal como já está a fazer nos outros países de expressão portuguesa.

Actualmente a empresa portuguesa opera em Angola, Moçambique e Brasil e deverá, nos próximos tempos, instalar-se na Guiné-Bissau onde uma equipa mantém contactos com as autoridades ligadas ao sector energético, afirmou Nuno Gonçalves.

fonte:http://www.ambienteonline.pt/

publicado por adm às 23:08

15 de Fevereiro de 2011

A energia solar fotovoltaica foi apresentada durante anos como opção desfavorável por conta de seu alto custo, de sua baixa densidade energética e da aleatoriedade do recurso energético primário. Mas, o que essa escolha representaria em comparação a outra fonte energética, como por exemplo, a energia nuclear? As duas fontes em questão são consideradas tanto de baixa emissão de gás de efeito estufa para a matriz energética brasileira como potencialmente, estratégicas para o país. Esses motivos tornam interessante avaliá-las, dado que a relação entre energia e desenvolvimento implica no dimensionamento de questões econômicas, ambientais e sociais.

Durante a história, o setor de energia elétrica tem-se centrado na geração da eletricidade abundante e barata com a assistência dos reguladores e dos políticos que subsidiam todas as formas de energia para proteger os consumidores dos custos reais da extração, geração, distribuição e uso. E os aspectos ambientais e sociais, que fazem parte do sistema atual, não participam desses custos.

E, ainda que o custo e o preço das fontes energéticas sejam influenciados pelos avanços tecnológicos que promovem aumento na eficiência da conversão energética e melhorias nos métodos de produção industriais, o investimento necessário não é o fator delimitante para a escolha de uma tecnologia, mas o estimulo para se alcançar a meta final: o lucro.

É possível, portanto, observar uma decisão míope no planejamento energético. Isso porque sempre se buscou uma tecnologia com alto fator de capacidade e que apresentasse baixo custo. Contudo, em um primeiro momento, tem-se que, mesmo com a inserção de tecnologias intensas energeticamente, não se conseguiu atender a toda população. E, mesmo que a procura seja por grandes quantidades de energia, a tecnologia solar fotovoltaica também pode contribuir na matriz energética, aumentando a potência instalada de sua central ou a quantidade de módulos descentralizados, em conjunto com medidas de eficiência energética.

Em um segundo momento, o custo inicial da energia nuclear para o país não foi e continua não sendo um obstáculo para sua escolha. Além disso, com a inserção das externalidades em um futuro próximo, será mais óbvio enxergar que, a longo prazo, as fontes renováveis estão ficando cada vez mais baratas, visto que a economia, assim como a sociedade, será influenciada pelos impactos causados no meio ambiente.

A decisão, portanto, não deve ser por uma tecnologia mais barata ou cara, mas, sim, por uma fonte que possa contribuir de forma estratégica e eficiente e em prol da sociedade, da economia e da preservação do meio ambiente. Avaliar aspectos como geração de emprego e medidas que preservem o meio ambiente, vantagens e desvantagens das fontes energéticas, custos, potencialidades e realizar uma análise de ciclo de vida, são variáveis que contribuem para a tomada de decisão e incentivam o desenvolvimento sustentável do país. No mais, qual o preço do modelo de desenvolvimento atual?

O alto custo da energia solar fotovoltaica está inserido em um contexto que pode ser desmistificado. Primeiro, porque existem perspectivas positivas para a inserção dessa tecnologia no país, sob alguns aspectos, principalmente paridade tarifária, cenários internacionais, estratégia nacional e incentivo a subsídios. Em segundo lugar, o incentivo pela tecnologia solar fotovoltaica, além de ser de interesse econômico, também o é nas esferas social e ambiental. Desse modo, se a energia nuclear pode participar da matriz energética, a tecnologia solar fotovoltaica também deveria, vistos o desenvolvimento e o cenário de crescimento que essa fonte tem apresentado durante os últimos anos. Além disso, experiências realizadas por outros países, como, por exemplo, na Alemanha, apresentaram resultados positivos com a apropriação dessa fonte energética.

Algumas questões que delimitam a escolha por uma tecnologia não devem ser somente a atribuição de seu preço ou a quantidade de energia entregue à rede, mas, sim – porque mais importante –, a realização de um dimensionamento a longo prazo que consiga atender todas as esferas, quais sejam, econômica, ambiental e social, além dos aspectos que não são mensuráveis que se encontram inseridos, e que são de extrema importância para um novo modelo de desenvolvimento, no que diz respeito: aos resíduos produzidos e à forma de gerenciá-los; a sua dimensão e quem os atinge; à geração de empregos; aos recursos naturais, à pesquisa e ao desenvolvimento, entre tanto outros.

A longo prazo, um planejamento energético deve estar atento a todos os aspectos, mensuráveis ou não, presentes em uma fonte energética, e ao risco que se deseja correr por esse desenvolvimento, para que seja possível assim atender às múltiplas necessidades de um país e de seus cidadãos.

(Por Mariana Pedrosa Gonzalez - Gestora Ambiental e Mestre em Energia pelo Programa de Pós Graduação em Energia na Universidade Federal do ABC)

fonte:investimentosenoticias

publicado por adm às 22:32

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