A Águas do Algarve, S.A. é responsável por garantir o abastecimento de água em alta para consumo humano quer em quantidade quer em qualidade durante todo o ano, e o tratamento de águas residuais urbanas, de acordo com os mais elevados padrões de qualidade e fiabilidade, num quadro de sustentabilidade económica, social e ambiental, contribuindo para a melhoria da saúde pública, e do ambiente da região, adotando políticas e práticas responsáveis.
O consumo de energia elétrica é indissociável da atividade da empresa, sendo esta imprescindível em todos os momentos de laboração, principalmente no que se refere à captação, elevação, monitorização e tratamento de água para consumo humano, no âmbito do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água do Algarve, bem como na elevação, monitorização e tratamento de efluentes residuais do Sistema Multimunicipal de Saneamento do Algarve, para além de todos os restantes setores da empresa.
Neste contexto, os encargos intrínsecos a este consumo assumem especial relevância, pelo que a gestão de energia na empresa tem um papel de destaque, quer em termos ambientais, quer em termos económicos. A Águas do Algarve, S.A. atenta a esta situação, não fica dependente exclusivamente na gestão da oferta, dando também especial ênfase à gestão da procura, aderindo a tecnologias adequadas em matéria de redução do consumo de energia, e alocando sempre que possível, a períodos de fornecimento de energia menos onerosos.
Assim, e conscientes de que Portugal é um privilegiado, possuindo das condições mais favoráveis na União Europeia para o aproveitamento de energia solar face à sua localização, e considerando que o nosso país possui entre 2200 e 3000 horas de sol por ano, na Águas do Algarve, S.A. desde 2008 que tem vindo a analisar o potencial técnico económico da integração de sistemas de aproveitamento da energia solar para a produção de energia elétrica nas suas instalações quer do Sistema Multimunicipal de Saneamento quer do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água do Algarve.
Neste contexto, e com a publicação do Diploma de Microgeração a 02 de Novembro de 2007, foram instalados desde então 55 sistemas de microprodução fotovoltaicos, com uma potência unitária de 3.68 kW, aproveitando os regimes remuneratórios bonificados disponibilizados pelo Governo. Deste então, estas instalações produziram cerca de 654,1 MWh, representando uma receita de 425.160,45€, evitando a emissão de aproximadamente 307,4 toneladas de CO2 para a atmosfera, encontrando-se, no início de 2012, o investimento amortizado em cerca de 40%.
Dando continuidade a investimentos desta natureza, que se incluem num quadro de sustentabilidade económica e ambiental, privilegiado desde sempre pela Águas do Algarve, S.A., foram instalados no ano corrente dois Sistemas de Miniprodução Fotovoltaica, nas ETAR de Boavista e Olhão Nascente, em parceria com a Águas de Portugal. No seu conjunto encontram-se instalados 1048 painéis fotovoltaicos, com potências unitárias de 220 e 225Wp, respetivamente, perfazendo uma potência instalada de 104,16 kW para cada ETAR e, uma potência unitária de injeção na Rede Elétrica de Serviço Público de 93 kW.
Com este investimento, recorrendo também a regimes remuneratórios bonificados, consagrados no DL da Minigeração, é expetável um retorno na ordem dos 13 anos, e uma produção anual na ordem dos 152.000 kWh/Ano, e respetiva receita anual de 38.000 € para cada instalação, evitando no seu conjunto, a emissão anual de 142,88 tonCO2 para a atmosfera.
Afirma, em comunicado, a Águas do Algarve que «a nossa decisão de produzir energia verde, assume-se no trabalho do dia-a-dia e como empresa que integra uma sociedade consciente, agindo para o bem-estar do nosso planeta».
fonte:http://www.barlavento.pt/i