A empresa chinesa Yingli Solar assinou um protocolo de intenções com as autoridades sul-africanas para construir no país uma fábrica de módulos solares orçada em 318 milhões de euros.
Este investimento chinês, anunciado durante a visita de dois dias do vice-presidente da China, Xi Jinping, à África do Sul, constitui um dos muitos exemplos de uma crescente intervenção de Pequim na maior economia da África a sul do Sahara.
Um alto funcionário do Ministério da Energia sul-africano disse à agência Lusa que a fábrica de módulos solares terá a comparticipação de um parceiro local e que a sua construção se deverá iniciar nos próximos 12 meses, de forma a capacitar o país para a implementação de vários projectos na área das energias renováveis que constam dos planos governamentais e do sector privado.
O vice-presidente chinês, Xi Jinping, iniciou na quarta-feira contactos ao mais alto nível, sob os auspícios do seu homólogo sul-africano Kgalema Mothlante, tendo já hoje rubricado uma série de acordos que abrem as portas a uma maior cooperação entre Pequim e Pretória nas áreas da investigação agrícola, energia, construção e minérios.
Os dois vices presidem à Comissão bilateral China-África do Sul, que tem servido de plataforma de diálogo entre a China e um país que é já o seu maior parceiro comercial em África, com uma balança de pagamentos de 2,7 mil milhões de dólares favorável à China.
Para a África do Sul (que tem empresas e tecnologia de ponta em várias áreas cruciais para o desenvolvimento - o que tem dificultado a penetração das empresas chinesas na sua economia), a China é um exemplo a seguir para que o país se torne membro dos BRIC (grupo de economias emergentes que inclui o Brasil, Rússia, Índia e China), mas o seu modesto crescimento económico na casa dos 3% ao ano desde há dois anos coloca um travão em tais pretensões no actual momento de crise global.
fonte:oje