Sérgio Reinas, um dos três fundadores da Rio Alto Energia, disse que a empresa já obteve a licença ambiental e está executando, neste momento, o detalhamento do projeto. O objetivo é iniciar as obras até o fim do ano. O projeto exigirá investimentos de R$350 milhões, com financiamento do Banco do Nordeste.
A usina com a tecnologia Concentrated Solar Power (CSP) é basicamente formada por estruturas metálicas de chapas de alumínio em formato de parabólica retangular, que capta a irradiação do sol. O sistema faz com que a radiação seja refletida pela parabólica e passe para as tubulações, pelas quais circula um fluido sintético. Esse fluido é aquecido a 400 graus centígrados e daí segue para o sistema da usina térmica convencional, onde o vapor gerado pelo calor gira as turbinas, gerando energia.
De acordo com o executivo, a usina consegue ter um fator de capacidade de 60% (tempo médio de geração ao longo do ano), contra cerca de 30% das usinas solares com painéis fotovoltaicos.
Ele explicou que o projeto está sendo desenvolvido pela Rio Alto (70%) em parceria com o Banco Paulista (30%). A Rio Alto foi criada há três anos por Sergio Reinas, Edmond Farhat e Rafael Brandão, todos vindos do mercado financeiro. Segundo Reimas, o grupo vem desenvolvendo o projeto da usina solar desde o início de suas atividades. A empresa também está se preparando para abrir capital e encontrar um sócio estratégico do setor de energia, que será o operador do projeto, até o fim do ano.
Clima dificulta
agricultura e pecuária
Reimas destacou também a importância do projeto, não apenas por se tratar, segundo ele, o primeiro de energia solar em escala comercial e em condições competitivas com outras fontes, mas também pelos benefícios para a região onde será construída a usina, que é muito carente. Coremas é um município que fica a cerca de 400 quilômetros de João Pessoa, capital da Paraíba.
Segundo Reinas, a seca na região é violenta, e o sol, constante. O clima torna difícil tanto a criação de animais como a agricultura. Dos cerca de nove mil habitantes da região, 80% vivem com o Bolsa Família, e os 20% restantes, com recursos assistenciais dos programas de fomento do Nordeste.
Reinas explicou que a Rio Alto Energia é uma empresa nacional com projetos em desenvolvimento de geração de energias renováveis, entre os quais sete projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH).
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