A presidente da Associação da Indústria Solar sublinha que há muito espaço de diálogo sobre o apoio a este tipo de energias renováveis.
A indústria da energia solar não consegue viver sem o apoio do Estado, reconhece a presidente da Associação Portuguesa da Industria Solar (APIS) que hoje organizou o Festival Solar em Lisboa.
A Renascença confrontou Maria João Rodrigues com a redução dos subsídios à produção de electricidade com base em energias renováveis, prevista no programa de ajuda externa. A presidente da APIS acredita que as recomendações do FMI dão “algum espaço de interpretação”.
“O que está lido é alguma vontade, ou indicação, no sentido de renegociar tarifas, mas nestas tarifas estaremos sempre a falar das grandes centrais em Portugal e nunca regimes como a micro-geração e a mini-geração, as que realmente dinamizam o mercado e o sector em Portugal”, considerou Maria João Rodrigues.
A modificação das taxas de IVA a aplicar para o sector coloca outras questões em aberto: “O IVA e de que forma os outros produtos vão ser taxados. Não creio que se esteja explicitamente a retirar o apoio a este tipo de energias renováveis e este tipo de aplicações. Há muito espaço de diálogo que vai ter de ser bem orientado”, defendeu a presidente da associação.
A indústria da energia solar já emprega seis mil pessoas em Portugal. De 2008 para 2010, o número de utilizadores e produtores passou de zero para 10 mil.
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