Uma cidade onde 99% da população conta com aquecedores solares de água e energia solar para a geração de eletricidade. Assim é Rizhao, município com 2,8 milhões de habitantes situado na província de Shandong, na China - mais um exemplo possível de sustentabilidade urbana, conforme apuraram os pesquisadores da Plataforma de Cidades Sustentáveis.
Tudo começou em 1990, quando o governo municipal tornou obrigatória a instalação de aquecedores solares em todos os prédios de Rizhao, por meio de uma parceria com o Worldwatch Institute. O objetivo? Reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera e os custos com energia. A partir de então, nada menos do que 99% dos habitantes da cidade passaram a usar os aparelhos. Só para se ter ideia, o município possui mais de meio milhão de metros quadrados de paineis de aquecimento solar de água, o equivalente a cerca de 0,5 megawatts de aquecedores elétricos.
Em Rizhao, a maioria dos sinais de trânsito, de rua e as luzes do parque são alimentados por células solares, fator que reduz as emissões de carbono e a poluição local. As reduções anuais de CO2 em razão da utilização de aquecedores solares de água chegam a 53 mil toneladas. Financeiramente, cada habitante economiza 9.333 RMB Yuan por ano (US$ 1.807). Por sua magnitude, o projeto significou uma grande mudança cultural na cidade.
A aplicação de iniciativas como a de Rizhao são fundamentais, principalmente, em países como a China, nação que mais emite gases causadores de efeito estufa em todo o mundo, segundo dados do Instituto Industrial para Energias Renováveis (IWR, sigla em alemão). O país asiático é seguido pelos Estados Unidos e a Rússia (dados de 2008).