O empresário Alexandre Alves apresentou à Câmara de Abrantes uma garantia bancária de 500 milhões de euros, atestando a sua capacidade de conclusão da fábrica de painéis solares para ali projectada, anunciou hoje a autarquia.
A Câmara de Abrantes havia solicitado em agosto à RPP Solar a entrega de documentos de garantia da efectiva conclusão das obras da unidade industrial de painéis solares ali em construção, na sequência dos sucessivos atrasos verificados, tendo alertado o empresário para a declaração de caducidade de licenciamento da obra caso os mesmos não fossem entregues.
Com a entrega de garantias da conclusão do empreendimento industrial, o empresário conseguiu evitar a declaração de caducidade de licenciamento da obra e obteve ainda da autarquia um prazo adicional de 60 dias úteis para conclusão da primeira fase da obra e início da produção de painéis fotovoltaicos.
A presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, afirmou que a entrega das garantias bancárias – “acompanhadas de uma carta de um banco” – vão ao encontro do solicitado pela autarquia e incluem um cronograma de planeamento de conclusão da fábrica.
“Os documentos entregues atestam a efectiva capacidade do empresário para concretizar a primeira fase do investimento pelo que vai ter mais 60 dias úteis para a concretizar e começar a produzir”, acrescentou.
Segundo a autarca, os pavilhões do empreendimento industrial “estão já construídos, embora vazios”, tendo observado que as obras a realizar implicam a colocação de uma primeira linha de montagem de painéis fotovoltaicos, arranjos exteriores e acessibilidades.
“Até ao final do ano deve estar tudo pronto para o início da produção de painéis”, apontou.
A nova fábrica de painéis solares do empresário Alexandre Alves, que está a ser construída em Concavada, Abrantes, num terreno com 82 hectares, anuncia a “agregação” de toda a cadeia de produção de energia solar, implicando um investimento global de “mais de mil milhões de euros e a criação de 1.900 postos de trabalho” até 2013.
Os sucessivos atrasos no início da produção, que estava anunciada para o início de 2010, levaram o executivo da Câmara de Abrantes, de maioria socialista, a propor a caducidade do alvará de licenciamento daquela unidade industrial pela não conclusão das obras no prazo fixado na licença, uma medida que o empresário conseguiu evitar.
fonte:http://www.correiodoribatejo.com