A energia solar fotovoltaica quebrou recordes na Europa em 2010. Segundo a Associação Europeia da Industria Fotovoltaica (EPIA, na sigla em inglês), foram construídas ao longo do ano plantas quem somam 13.000MW em potência instalada. O número representa uma expansão de 86% e faz o continente chegar aos 28.000MW em usinas da fonte – o suficiente para abastecer o consumo médio de 10 milhões de residencias europeias.
O presidente da EPIA, Ingmar Wilhelm, afirma que o crescimento fotovoltaico foi “impressionante”. O ritmo com que as novas usinas foram construídas superou a energia eólica, que vinha dominando o mercado de fontes renováveis. Em 2010, a potência eólica na Europa cresceu 12%.
“A fotovoltaica se converteu em uma tecnologia estável que está contribuindo para a progressiva descarbonização da matriz energética e que deve ser explorada pelos países da União Europeia para alcançar os objetivos de 2020 (ter 20% da energia gerada por fontes renováveis)”, analisa Wilheim.
O executivo afirma que os números são resultado da diminuição dos custos de implantação, das novas tecnologias, do interesse dos investidores e do apoio político. Ele também destaca que mais de 70% das novas instalações foram bancadas por pequenas e médias empresas, o que mostraria a aceitação social da fonte.
O ano de 2010 foi também o segundo consecutivo em que a Alemanha foi líder mundial no mercado de instalações solares fotovoltaicas. O país somou 6.500MW em novas usinas aos 9.800MW que já possuía instalados. Em seguida, aparecem Espanha, Itália e República Tcheca.
Para 2011, porém, as previsões da EPIA para o mercado não são muito otimistas. As novas regras para incentivo à fonte na Alemanha devem reduzir o montante de novos parques no país dos atuais 6,5GW para 1GW ou 2GW. A Itália, por seu lado, apresenta potencial para crescer entre 4GW e 6GW – uma forte expansão, mas que ainda não cobriria a desaceleração alemã. Com isso, a EPIA afirma que “a demanda pode estagnar na Europa durante a primeira metade de 2011″.
O movimento poderia levar ao acúmulo de estoques, o que causaria queda de preços. Com isso, a entidade aposta que pode haver uma retomada dos investimentos no segundo trimestre, o que faria a Europa a alcançar níveis iguais ou pouco maiores do que o crescimento registrado no ano passado.
fonte:http://www.solenerg.com.br/