A refinaria de açúcar da DAI, Sociedade de Desenvolvimento Agro-industrial, inaugurou recentemente um parque fotovoltaico com capacidade para produzir anualmente 170 megawatts/hora. O sistema de energia solar, que está em funcionamento desde Setembro, vai render à refinaria, instalada em Coruche, cerca de €420 mil num prazo de 15 anos, segundo as estimativas da empresa.
Para além do retorno monetário a longo prazo, o parque fotovoltaico vai evitar a emissão de 34,3 toneladas de dióxido de carbono, o que corresponde à plantação de uma floresta com a dimensão de oito estádios de futebol.
A par do benefício anual para o meio ambiente, o sistema energético vai ter um retorno anual de 12% e o capital investido, cerca de €230 mil, deverá ser recuperado em cerca de oito anos. A receita de energia anual para a DAI deverá ascender aos €28 mil.
O director-geral da DAI, Jorge Correia, explica, em comunicado, que a decisão de investir neste tipo de sistema energético foi “estratégica” e “surgiu com a mudança das necessidades energéticas da fábrica”. “A indústria açucareira é muito exigente em termos energéticos, o que nos levou a investir desde 2007 na melhoria da eficiência energética”, afirma o director-geral da refinaria.
Porém, Jorge Correia lamenta as condicionantes impostas para produção deste tipo de energia: “só temos pena que a legislação imponha limitações à produção de energia fotovoltaica”. “Só instalámos um décimo do que pretendíamos”, acrescenta.
Em 2008, na sequência das condições exigidas pela Organização Comum do Mercado de Açúcar, a DAI prescindiu da quota residual de açúcar de beterraba que detinha, o que deixou vários terrenos da refinaria disponíveis para a instalação do parque fotovoltaico.
fonte:http://greensavers.sapo.pt