09 de Agosto de 2010

Uma central fotovoltaica de alta concentração, uma tecnologia experimental, vai “nascer” na zona de Alqueva, no concelho de Moura, num investimento de “quatro milhões de euros” previsto avançar “no final deste ano”, revelaram hoje os promotores.

 

“Contamos, no final deste ano ou início do próximo, depois da fase de promoção e licenciamento concluída, dar início à construção”, devendo as obras durar “seis meses”, adiantou à agência Lusa Alda Delgado, administradora da Tecneira. 

Esta empresa portuguesa, do grupo de engenharia ProCME e dedicada à produção de energia por meio de fontes de energia renovável, é a promotora do projecto, em parceria com os norte-americanos da OPEL Solar. 

A Tecneira divulgou hoje que esta central fotovoltaica de alta concentração vai ter uma potência de 1 MW (megawatt), para uma produção anual estimada de 2 200 kilowatts/hora (KWh). 

A central, com recurso a uma tecnologia em que a OPEL Solar “já detém alguma experiência”, segundo Alda Delgado, é um dos cinco projectos considerados pelo Governo como de “carácter experimental e de reconhecida valia tecnológica na área do solar fotovoltaico de alta concentração”. 

O objectivo destes projectos-piloto é “a promoção estratégica da tecnologia Solar Fotovoltaica de Alta Concentração (HCPV), designadamente no que toca ao seu desenvolvimento industrial, em território nacional”. 

Para Alda Delgado, que revelou à Lusa que a central vai ser implantada “na zona de Alqueva”, mais precisamente no concelho de Moura (Beja), num investimento de “quatro milhões de euros”, são várias as vantagens desta tecnologia, quando comparada com o solar fotovoltaico tradicional. 

“Com esta tecnologia, consegue-se ter um maior rendimento, uma maior eficiência dos painéis a altas temperaturas e um melhor aproveitamento do recurso solar”, além de uma “uma menor ocupação do espaço”, relativamente ao solar tradicional, disse. 

A mesma responsável da Tecneira precisou que o HCPV, quando comparado com o solar fotovoltaico tradicional, permite “instalar a mesma potência com uma redução de 20 a 30 por cento da área ocupada” e, no que toca à produção, obter um acréscimo de “30 por cento por MW”. 

“O que distingue o solar fotovoltaico de alta concentração do tradicional é um melhor aproveitamento do recurso solar, ou seja, conseguimos uma maior produção para a mesma potência instalada”, realçou. 

Já com outra central solar fotovoltaica, mas com a tecnologia tradicional, em exploração no Alentejo (10 MW, em Ferreira do Alentejo), a Tecneira volta a apostar no potencial da região para desenvolver este novo projecto. 

“O Alentejo é considerada a zona privilegiada de Portugal com melhor recurso solar”, salientou Alda Delgado, destacando que este projecto está, “certamente, dentro dos maiores do mundo, porque toda esta tecnologia da alta concentração ainda está numa fase muito experimental”. 

A Tecneira, com actividade nacional desde 2001 e em processo de internacionalização, opera em várias áreas de energias alternativas: eólica (250 MW, em Portugal), fotovoltaica (10 MW), biomassas, minigeração e ondas.

fonte:http://economia.publico.pt/

publicado por adm às 23:08

28 de Junho de 2010

Electricidade produzida no deserto do Sahara começará a chegar à Europa daqui a cinco anos. É a passagem à prática do projecto Desertec.

 

A garantia foi dada há poucos dias por Guenther Oettinger, comissário europeu para a Energia. Essa será uma das vias para garantir que a Europa possa atingir em 2020 a meta dos 20% de energia proveniente de fontes renováveis.

 

Depois de um encontro com os ministros da Energia de Marrocos, Tunísia e Argélia, Guenther Oettinger, disse que as primeiras centenas de megawatts de elctricidade limpa produzida no deserto do Sahara começarão a ser transportadas para o sistema eléctrico europeu até 2015.

O comissário disse ainda que tudo começará por pequenos projectos, mas que rapidamente se evoluirá para centrais solares fotovoltaicas e eólicas de grande dimensões, aptas a produzir e exportar milhares de megawatts de energia eléctrica.

 

No total estão previstos investimentos da ordem dos €400 mil milhões a um prazo de 20 a 40 anos.

Os países do norte de África exportarão energia para a Europa mas, em contrapartida, terão que importar do Velho Continente, máquinas, tecnologia, ferramentas e mão-de-obra especializada. "Uma verdadeira parceria, e não apenas um negócio de compra e venda", rematou Guenther Oettinger

fonte:http://aeiou.expresso.pt

publicado por adm às 10:36

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