O passo é tecnológico e quer mudar o paradigma das lamas de ETAR produzidas em Portugal: é a secagem solar de lamas, uma tecnologia usada pela Sotecnisol e que vai permitir fazer combustível, que pode ser vendido às cimenteiras, incineradoras e caldeiras de sólidos, por exemplo.
Frederico Monteiro, director de projectos da empresa, sublinha que actualmente, em Portugal as lamas são digeridas e desidratadas por por processo mecânicos mas, porque não se sabe a origem dos efluentes, também não se sabe se estas lamas têm contaminantes e , logo, não são utilizadas para a produção agrícola.
Daí que o objectivo da empresa é a utlização de lamas para combustível, o que acontece através de uma espécie de estufa na qual é introduzido ar fresco e se extracção de humidade, através de sondas, ventiladores para fomentar a convecção térmica e equipamentos revolvedores de lamas. «Por vezes entramos com lamas com 15 por cento de matéria seca e saímos com valores de mais de 75 por cento», garante o responsável, sublinhando o alto poder calorífico destas lamas, que, obviamente irão entrar em concorrência com o combustível derivado de resíduos.
Neste momento há apenas uma unidade de secagem solar de lamas a ser construída em Porto Santo (Madeira), mas a Sotecnisol já tem agendadas para Portugal a construção de quatro unidades deste tipo. E já há várias manifestações de interesse, até porque há uma grande eficiência a nível energético. «Esta tecnologia é muito interessante, não percebo porque nunca se fez isto em Portugal», lamenta o responsável, que irá estar na 7ª Expo Água, que se realiza nos dias 16 e 17 de Outubro, em Oeiras.
fonte:http://www.ambienteonline.pt